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segunda-feira, 9 de maio de 2011

O MAÇOM ENTRE A SOLIDAREEDADE E A CARIDADE

O MAÇOM ENTRE A SOLIDARIEDADE E A CARIDADE
Eu sou Maçom!




O carro de um vendedor que viajava pelo interior quebrou e conversando com
um fazendeiro de um campo próximo eles descobrem que são "irmãos".
O vendedor está preocupado porque ele tem um compromisso importante na
cidade local. "não se preocupe, diz o fazendeiro, você pode usar meu carro.
Vou chamar um amigo e mandar consertar o carro enquanto você vai ao seu
compromisso."
E lá foi o vendedor, e umas duas horas mais tarde ele voltou, mas infelizmente
o carro precisava de uma peça que chegará somente no dia seguinte.
"Sem problemas", diz o fazendeiro, "use meu telefone e reprograme seu
primeiro compromisso de amanhã, fique conosco hoje, e providenciaremos para
que seu carro esteja pronto logo cedo!"
A esposa do fazendeiro preparou uma jantar maravilhoso e eles tomaram um
pouco de malte puro em uma noite agradável. O vendedor dormiu
profundamente e quando acordou, lá estava seu carro, consertado e pronto para
ir. Após um excelente café da manhã, o vendedor agradeceu a ambos pela
hospitalidade.
Quando ele e o fazendeiro caminhavam para seu carro, ele se voltou e
perguntou "meu irmão, muito obrigado, mas preciso perguntar, você ajudou-me
porque sou Maçom?"
"Não", foi a resposta, "Eu ajudei você porque eu sou maçom.”
A partir desta pequena estória quero trazer aos irmãos um ponto de reflexão. No final do
texto o vendedor pergunta ao fazendeiro se foi ajudado pelo fato de ser maçom e este lhe
respondeu que não, que o ajudara por ser ele, o fazendeiro, maçom.
E o ponto para reflexão é: estamos diante de um ato de solidariedade ou de um ato de
caridade? Se o vendedor não tivesse feito a pergunta, certamente ele sairia com a certeza de ter
sido ajudado por ser maçom, afinal, tendo sido reconhecido como tal pelo fazendeiro, o
compromisso assumido em seu juramento, na cerimônia de iniciação, o teria levado ao ato de
ajuda a um irmão necessitado.
Entretanto, a resposta do fazendeiro revela que o que levou a ajudá-lo não foi a
solidariedade maçônica, mas a caridade.
O dicionário Aurélio nos revela que caridade, no vocabulário cristão quer dizer “ o amor
que move a vontade à busca efetiva do bem de outrem e procura identificar-se com o amor de
Deus. Ágape, amor-caridade”. E ainda: “benevolência, complacência, compaixão”;
“beneficência, benefício, esmola; uma das virtudes teologais”.
Para a solidariedade o mesmo dicionário nos ensina: “laço ou vínculo recíproco de
pessoas ou coisas independentes; adesão ou apoio à causa, empresa, princípios, etc., de outrem;
sentido moral que vincula o indivíduo a vida, aos interesses e às responsabilidades dum grupo
social, duma nação, ou da própria humanidade; relação de responsabilidade entre pessoas unidas
por interesses comuns, de maneira que cada elemento do grupo se sinta na obrigação moral de
apoiar os outros;”
Porquanto temos que a solidariedade é fruto de um vínculo, uma obrigação, algo que
pode ser assumido a qualquer tempo, bem como pode ser extinto, bastando para isso uma
tomada de posição pessoal, proveniente do sentimento de não pertencimento, de exclusão ou
auto-exclusão daquele grupo ou pessoa com quem se comprometeu, enquanto a caridade é uma
é uma característica inata, faz parte da índole, inerente ao caráter e com ele se desenvolve ou se
anula.
A solidariedade advém de uma opção, a caridade adquire-se na formação, na criação. A
solidariedade tem valor específico, presume a reciprocidade; a caridade é gratuita e
desinteressada. São de raízes distintas, de classes diferentes, entretanto podem ser alternativas,
ou seja, um mesmo ato pode ser realizado solidária ou caridosamente. Externamente podem
expressar-se da mesma forma, o que as distingue é a condição interior de quem as pratica.
Não quero aqui depreciar a solidariedade em favor da caridade. Ambas são atitudes
louváveis e necessárias, cuja prática distingue seu autor. Recentemente fomos chamados a
praticar a solidariedade com nossos irmãos de Santa Catarina, do Nordeste, do Haiti, do Chile,
em campanhas de iniciativa de vários grupos, inclusive o governo. Entretanto o que se pedia, de
fato, era um ato de caridade, não de solidariedade.
No trabalho em comum, nos projetos que queremos e precisamos levar adiante, seja na
maçonaria, ou em nossas atividades no mundo profano, muitas vezes precisamos da
solidariedade de nossos irmãos e parceiros, entretanto, não raro, conseguimos apenas
demonstrações de caridade.
Percebam, meus irmãos, quando fugimos à solidariedade obrigacional, muitas vezes
deixamos nossa atitude resvalar em uma espécie de caridade conveniente, como desculpa pela
esquiva de nosso compromisso solidário. Não se trata da verdadeira caridade, mas apenas de seu
arremedo, como a esmola que damos para ficarmos livre de quem a pede.
Caridade e solidariedade não são atitudes sinônimas. Cada uma carrega o seu
significado intrínseco, distingui-las e adequá-las a cada ocasião é muito mais que uma escolha
racional, mas uma atitude espontânea e natural. Quando ficarmos em dúvida frente a uma
oportunidade de sermos caridosos ou solidários, fatalmente erramos... Seja lá qual for nossa
atitude.

M..M..PEDRO MÁRIO DE LIMA COSTA

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